“O portão” de Tomasz Łychowski nos conduz dos tempos da prisão nazista aos tempos pandêmicos de confinamento e de lockdown. E invariavelmente nesse caminho, marcado pelas experiências da vida longa do seu autor; somos acompanhados pela palavra – o portão para luz, para compreensão e para o contato com o outro ser humano, o portão que liberta das prisões do corpo, das ideias e da história. Essa palavra pronunciada pelo poeta em vários idiomas, apesar de uma certa melancolia reflexiva, evidencia sempre a esperança e a luz. Parafraseando o início do Evangelho, cujo espírito permeia essa poesia, pode-se dizer: no início era palavra e ela era o portão. Piotr Kilanowski